Na
constante consolidação de suas ações filantrópicas a Universidade
Luterana
do Brasil (ULBRA) iniciou neste mês de maio o processo seletivo para a
concessão de mais de 1,2 mil bolsas sociais em todos os seus campi,
exceto Porto Alegre. São oportunidades integrais e parciais em diversos
cursos presenciais. O pró-reitor de Planejamento
e Administração, Romeu Forneck, explica, na entrevista a seguir, que
esta ação integra um conjunto de iniciativas que visam a promover uma
ação social direta, que atenda uma sociedade plural. Forneck também
destaca programas como o Universidade para Todos
(PROUNI) e o de Estímulo à Reestruturação e ao Fortalecimento das
Instituições de Ensino Superior (PROIES) como estratégicos entre o
público e o privado. Confira a entrevista na íntegra:
Qual a finalidade da implantação do Programa da Ação Social e Filantropia da CELSP/ULBRA?
O
objetivo do programa é fazer com que esse projeto histórico da Igreja
Evangélica Luterana do Brasil,
que também é uma proposta cristã, se torne disponível para a sociedade
plural. Neste aspecto, a gente vê que as propostas públicas tendem a ser
afirmativas do
status quo social. As
instituições privadas têm melhores condições para causar este efeito no
desenvolvimento social a partir de suas ações.
Na
perspectiva de que existem barreiras de ingresso nas instituições
públicas, e não nas privadas,
uma proposta como esta da CELSP está à disposição de toda a sociedade.
Então, pelo Programa da Ação Social e Filantropia a entidade passa a
organizar recursos com vistas à transformação social. Uma parte
importante dos recursos das unidades de ensino superior
da CELSP, em todo o país, passará a ter este destino, prevendo ter em
seus cursos e projetos toda a sociedade representada. Aí nós
conseguiremos sair deste quadro histórico onde o Estado e as
instituições públicas tendem a chancelar o
status quo social - o
Estado, como regulador, e as instituições federais de ensino superior
direcionadas de fato para a sociedade menor posicionada
socioeconomicamente pelas limitações impostas de acesso de vagas.
É possível conseguir, nas instituições privadas, reverter este quadro.
Então, o que diferencia o Programa da Ação Social e Filantropia da CELSP/ULBRA das políticas públicas para acesso
ao ensino superior?
No
ano passado nos tivemos na UERGS entre 2,2 mil a 2,3 alunos sendo
atendidos por um orçamento de
aproximadamente R$ 40 milhões. E aqui na ULBRA nós destinamos para este
fim, exclusivamente para PROUNI R$ 50 milhões. Com estes R$ 50 milhões -
um pouco acima do orçamento da Universidade Estadual – ao invés de 2,2
mil alunos, nós atendemos em média 5,5 mil
alunos.
A CELSP confirma-se como entidade filantrópica. Sendo assim, quais outros benefícios ou programas que estão previstos
para a linha da filantropia?
Além
das bolsas sociais, estamos trabalhando nas frentes das bolsas PROUNI,
com alternativas de financiamento
estudantil, com bolsas de gratuidade que a Universidade voluntariamente
deseja conceder no sentido de promover uma ação social direta, além de
projetos sociais pelos quais também se consiga fazer fluir toda a
questão da confessionalidade institucional.
E o PROIES também está inserido neste conjunto de ações filantrópicas da Instituição?
Pelo
PROIES está sendo previsto um volume impressionante de bolsas. Serão 49
mil bolsas, distribuídas
em um período de 15 anos nas unidades da CELSP de todo o Brasil.
Estamos levando a termo esse conjunto de ações, dando-lhe mais corpo e
ordenamento, de forma mais estratégica. É importante quando nos
posicionamos como instituição filantrópica, nos instrumentalizarmos
para que se possa mensurar este resultado, para que assim sigamos nesta
parceria entre público e privado nas políticas públicas.
Para qual nível de ensino é destinado e quais as unidades beneficiadas pelo programa de bolsas sociais?
Essas
bolsas sociais que estamos agora com processo de seleção aberto se
destinam a alunos do ensino
superior nas instituições mantidas pela CELSP. Elas preveem
primeiramente a atender uma lacuna que ainda há no PROUNI. Hoje, de
acordo com os requisitos da lei do PROUNI, nós temos a necessidade de a
cada nove alunos concedermos uma bolsa integral do programa.
Por que nem todos os cursos são contemplados por bolsas sociais? E por que Porto Alegre não tem oferta de vagas?
Nós
estamos ainda em alguns lugares, em alguns cursos com alguma lacuna.
Neste aspecto (de atender
a lei do PROUNI). Então nós fizemos essa ação (inscrições para o
programa de bolsas sociais) para que alunos em curso, matriculados
regularmente em 2013/1 possam concorrer e antes da matrícula terem a
resposta se tiveram a bolsa ou não e, já no segundo semestre
2013, poderem se matricular. Alguns cursos já conseguiram atender a
esta demanda do PROUNI, e por isso, não têm oferta de bolsas.
Quem pode participar?
Todos
os alunos devidamente matriculados no semestre 2013/1. No processo da
escolha do candidato não
entra em questão pendências financeiras. Para se matricular no próximo
semestre precisa regularizar a situação para atender aos requisitos para
as rematrículas. Por isso, todos os alunos têm o direito de participar
da seleção.
Como se dá a renovação das bolsas?
A
renovação é semestral. O aluno precisa se rematricular e anualmente é
realizada a verificação do
perfil socioeconômico. Verificamos se o aluno ainda está na mesma
condição da época da concessão de bolsas. Ele passa pela Comissão da
Ação Social da CELSP. Também é realizada a verificação
in loco no endereço dos alunos e às vezes fazemos uma ação de amostragem também.
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Atenciosamente,
Lílian Patrícia da Silva
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Jornalista
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Assessoria de Comunicação Social (ACS)
Imprensa.
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ULBRA – Universidade Luterana do Brasil
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