O Focinhos Terapeutas utilizam os animais que foram resgatados pelo Neafa na terapia com idosos, crianças, obesos, gestantes e portadores de necessidades especiais.
Por Thayanne Magalhães e
Márcio Ândrei

A professora de Educação Física e bióloga,
Maja Kraguljac, e o fisioterapeuta e professor da Universidade Estadual
de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal), Kildare Cardoso
Animais retirados da rua estão ajudando no tratamento dos chamados
grupos especiais, como idosos, obesos, gestantes, crianças, pessoas com
câncer, com deficiência física, mental ou motora. Quem explica sobre o
assunto são a professora de Educação Física e bióloga, Maja Kraguljac, e
o fisioterapeuta e professor da Universidade Estadual de Ciências da
Saúde de Alagoas (Uncisal), Kildare Cardoso.
Ela é coordenadora e ele o diretor do Focinhos Terapeutas, um projeto
de extensão do curso de Educação Física do Cesmac, que já virou pesquisa
e está se transformando em uma ONG. A proposta trabalhar com estes
grupos especiais, levando até essas pessoas a chamada terapia assistida
por animais. “Na terapia nós trabalhamos com animais que passam por
adestramento específico para terapia animal e são acompanhados
obrigatoriamente por pessoas da área da saúde”, explicou Maja.
O Focinhos Terapeutas é formado por voluntários, sendo três estudantes
de Educação Física, Rafael Pedri, Luana Kaline, Yana Queiroz, três
estudantes de Medicina Veterinária, Aline Melo, Riclayne Barbosa e Lucas
Fittpaldi, que também está se formando em Psicologia, além de uma
estagiária do curso de enfermagem, Laisa Bandeira.
“Atualmente estamos trabalhando com crianças autistas da AMA
[Associação das Mães Amigas dos Autistas], e atendemos uma vez por
semana, sete crianças entre três e dez anos. Também vamos uma vez por
semana ao Lar Francisco de Assis e atendemos 70 idosos. No curso de
Nutrição do Cesmac, nós atendemos um grupo de obesos e na clínica de
Fisioterapia da instituição, atendemos pessoas com deficiência motora e
mental, também uma vez por semana”, contou a coordenadora do Focinhos
Terapeutas.
Maja disse ainda que a equipe pretende levar a terapia animal a um
grupo de apoio ao câncer. “A nossa ideia é conscientizar as pessoas de
que cães que vieram da rua podem fazer bem. A nossa mascote, Solara, foi
adotada depois de passar um ano na rua, estava prenha de sete filhotes,
quase morreu no parto e hoje está aí, como terapeuta animal”, conta.
Os animais do Focinhos Terapeutas foram todos resgatados da rua pelo
Neafa e adotados por famílias, que fazem a doação para o grupo
terapêutico utiliza-los nos trabalhos. No caso, o grupo de terapia não
adota o animal, os donos “emprestam” os bichos para que sejam realizados
os tr4abalhos com os grupos especiais e depois os cães voltam para as
suas casas.
O Focinhos Terapeutas trabalham somente com cães, que, segundo Maja,
são mais fáceis de serem adestrados. “Além da Solara, temos a Saurita,
Lúmen, Matcho, Inpy e Vitória como terapeutas animais. Mas queremos
expandir nosso trabalho com gatos e coelhos”.
As pessoas interessadas em se tornarem voluntárias do grupo podem acessar o site www.focinhosterapeutas.com.br
ou entrar em contato pelo número 9696-0160. “As pessoas podem ser
voluntárias ou oferecer o cão como voluntário. Nossa intenção também é
mostrar as instituições com as quais trabalhamos para que as pessoas
também possam ajudar, principalmente com doações”.
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